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domingo, 1 de março de 2009

O assassino e o assassinado

CARTA DE UMA MÃE PARA OUTRA MÃE
INVERSÃO DE VALORES-(CASO VERÍDICO)
*Carta enviada de uma mãe para outra mãe em SP, após noticiário na tv.

De mãe para mãe.
'Vi seu enérgico protesto diante das câmeras de televisão contra a transferência do seu filho, menor infrator, das dependências da FEBEM em São Paulo para outra dependência da FEBEM no interior do Estado.Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes daquela transferência.Vi também toda a cobertura que a mídia deu para o fato, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação que você, contam com o apoio de Comissões Pastorais, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, ONGs, etc... Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender o seu protesto.Quero com ele fazer coro.Enorme é a distância que me separa do meu filho.Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo.Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família.Felizmente conto com o meu inseparável companheiro, que desempenha, para mim, importante papel de amigo e conselheiro espiritual.Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou estupidamente num assalto a uma vídeo locadora, onde ele, meu filho, trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite.No próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando e fazendo carícias no seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores no seu humilde túmulo, num cemitério da periferia de São Paulo...Ah! Ia me esquecendo: e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranqüila, viu? Que eu estarei pagando de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá na última rebelião da Febem.No cemitério, nem na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante destas 'Entidades' que tanto lhe confortam, para me dar uma palavra de conforto, e talvez me indicar 'Os meus direitos' !' Faça circular este manifesto! Talvez a gente consiga acabar com esta (falta de vergonha na cara)inversão de valores que assola o Brasil. Direitos humanos deveria ser para
HUMANOS DIREITOS.
(e-mail recebido de uma amiga que imagino saiba ser mãe)

4 comentários:

  1. Em td existem dois lados, as dores destas duas mães imagino não serem muito diferentes, como será q dorme uma mãe sabendo q seu filho causou tanta dor? Tenho no meu convívio uma mãe q passa por uma desta dores, a de ter um filho q tirou outras vidas num crime bárbaro, de longe acompanhei seu sofrimento, mudou sua vida totalmente em função deste acontecimento e ainda restou o sentimento de culpa, de indagação... onde teria errado? poderia ter "trancado" o filho em casa para evitar q se envolvesse com drogas? difícil julgar...

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  2. Eu, fosse construtor do machado que tirou a vida de alguém, não me sentiria culpado por nada.
    Quem ergueu a mão não foi a mãe do rapaz.
    Ao rapaz, e aqui estou prejulgando o outro completamente inocente de ter tido tolhida a vida, que cometeu o ato, e unicamente a ele, pode caber a consciência dessa responsabilidade.
    Sofrermos sofre-se com a perda.
    O que teria ganho ele, o rapaz, com isso?
    Não sabemos. Não podemos julgar. Talvez, tenha sido um contra o outro em duelo mortal... a quem cabe proteger-se a si se sentindo em perigo?
    É difícil. Concordo com vc.

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  3. O crime não é seu nem meu.... HJ EXISTE UMA SENHA OU um código de barra. para q não possa ser roubado q na verdade se existisse ética,educação,respeito,amor..... tudo seria mais fácil..Mas.. a lei de Gerson prevalece.. Abração no C.

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  4. Na situaçao sofrem duas,a perda de maneiras diferente,mais sempre havera nnos coraçoes,a dor e a pergunta o porque,as vezes dificil,de se obter a resposta.

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