No topo de uma montanha, ao lado de um Cristo enorme de pedra, e iluminado às nossas costas, eu e dois amigos conversávamos sobre luz e pedras.
Luz brilha distante e reflete em pedras que brilham próximo e defletem.
Meu amigo ateu, que é esse biólogo me diz que Deus é a Natureza e eu defendo a idéia de que é um gigante, de muitos dedos, 6,75 bilhões, aproximadamente, e cada um sem compreender as incontáveis patas que saem de Sua majestosa cabeça.
Então começamos a entoar cânticos, e palavras de sabedoria esplendorosa, de Cazuza a Raul Seixas, com a colaboração de Beatles, Roberto e Erasmo Carlos, Milton e Lô, nem Chico ou Caetano ficaram distantes. Até o Tom apareceu e com ele o John, e nos brindou com a surpresa de não aparecer o Ringo nem o Harrison, ocupados em outras bandas.
A beleza da beleza dessa cabeça nos entontece.
Não há muito o que dizer, cantamos, rodopiamos, rodopiei ao menos eu, eles ficaram lá, não compreendendo a vontade que tem de voar e falando de borboletas, de múltiplas cores e tamanhos, com formas diversas, de tubarão a escorpião, de baleia a morcego, só não vi lacraia, até zebra, leão e onça apareceram, isso sem falar no grilo, no macaco que mandou em seu lugar um gambá.
Um local bonito, encantado, mágico mesmo de cantar.
No fim escolhi a Xuxa, como melhor compositora, além de filósofa e professora, pois ensina a crianças.
Sei que depois de passarmos por Piaff, acabamos cruzando com Adamo e logo toda a italianada estava solta.
Os bichos não aplaudiram, e nem todos sobreviveram, infelizmente meu amigo biólogo acabou por excesso de amor a uma borboleta tigre pisando em outra, com forma e nem vi que forma tinha, tão preocupado eu com toda essa gente.
Enfim... uma noitada no topo de mais uma montanha na minha vida.
Encantada, e iluminada. Inspirada, inspiradora, e, espero, inspirante.
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