O fóton é uma bolha, admita-se.
É rápido, sabe-se. É instantâneo, percebe-se da luz ao acender-se que ocupa todo o derredor, mensurável entretanto essa instantaneidade, visto que do sol até aqui leva oito minutos, o que não impede que em oito minutos uma chama nos atinja saída de lá.
Não há muito o que fazer se isso acontecer, a não ser ser lançado, em luz esse fóton inflado dentro de mim, ao interior e de volta à minha origem, do que consideramos planeta, essa bola de matéria a nos impedir de realizarmos esse sonho de retorno ao sossego da eternidade.
Pois bem, o fóton cresce, toma a forma que quer, e aceita nomes e denominações, tem regras e leis, e é forte o suficiente para manter um corpo como o nosso aceso por bem mais tempo que imaginamos.
É uma criatura divina, capaz de agrupar-se por si só dentro de um útero e de lá sair um infinito de vezes maior que si próprio infinitamente já ampliado em uma célula com a aparência de uma lua e fecundado por um dinossauro sem pernas e faminto.
Também esse ser fotogênico que me dá vida é capaz de dar toda a vida em volta de mim e assim o faz.
Não sou o que penso ser, não sou o que creio ser, e sei que sou o ser que me deu vida, desde fóton até aqui. Vou me apagar não me é uma questão, é uma resposta, e definitiva apenas quando ocorrer. Considerando que o tempo não existe, apago-me quando alguém outro me matar. A morte não é a incumbência da vida, penso comigo. Não nasci para morrer. Falta-me esse saber e algas já o conhecem, e também árvores vivem milhões de vezes mais que humanos. Possível é e concebível que Deus esteja presente na origem, no momento e no futuro de nossas vidas.
A Ciência, até aqui inapta ao maiúsculo no nome, por incapaz de nos demonstrar de onde saiu essa luz que nos alimenta a todos e a tudo, há de reconhecer que há inteligência na criação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sem moderação torno-me responsável pelo que você diz, por isso, caso comente, publicarei depois de lido. Obrigado por compreender.