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terça-feira, 23 de junho de 2009

Origens

A vida no mundo é ruim.
Povo sofre, povo outro dá ordens para matar.
Pove morre, povo outro esconde um bocado.
Talvez seja tempo de darmos uma pausa, tempo para reflexão, para repensarmos nossos próprios seres.
Somos lindos, conquistamos o corpo que temos.
Nós o amamos, e não queremos morrer, nem ricos, nem pobres.
Um escritor deveria saber escrever, um pintor deveria reconhecer de suas pinturas anciãs memórias, também o leão não deveria comer de homens.
Um homem pode se tornar um amigo do leão, e isso sabemos por certeza.
Um homem tem escolhas a tomar frente à suas crenças, sentimentos, intenções, propósitos.
Por falar nisso, a vida tem um propósito. Nós não apenas nascemos para morrermos.
Nascemos, construimos esse corpo nosso, unindo duas células de dois seres diferentes. Não sabemos como o fizemos, mas sabemos que o fizemos.
Ganhamos, de quase nada, esse imenso ser, e pensante.
Leões pensam, matam humanos, mas não amigos.
Leões estão vivos também, também eles uniram duas células e maiores que as nossas.
Eles são fortes, vivem como reis, mas seus reinos tem melhores sociedades.
Eles são felizes, é como vejo, com seus números, mas eles estão morrendo também, e não é por suas culpas, sabemos disso.
A vida veio da escuridão, a vida voltará à escuridão.
Enquanto brilhante, deveríamos aceitar melhor nossas similaridades.
Paz é uma questão de consciência e cada um de nós tem uma.
Ato é questão de afirmação, e cada um de nós é capaz de afirmar que compreende e respeita o outro. Não somos macacos. Somos borboletas por sermos, lagartas construindo lares.
Não somos apenas a mesma alma, somos o mesmo corpo.
Tudo o que nos mantém vivos é a incompreensão das injustiças.
Não precisamos ser ricos para sermos felizes. Precisamos ser ricos para conhecer quão melhor é do que ser pobre. Precisamos ser pobres para sermos generosos. Precisamos aprender sobre a modéstia, para sermos humildes.
Precisamos, talvez, de sermos poderosos para construir beleza, para espalhar prosperidade, para irmos à tv, para comprarmos câmeras, computadores, equipamentos, para nos informarmos que somos a luz que alimenta os nossos entornos. Estamos aqui para limparmos as sujeiras dos outros e precisamos de alguém atrás de nós para limpar as nossas. Ninguém vive só. Ninguém sobrevive após o nascimento sem uma mãe, um pai, um irmão, irmã ou amigo.
Ninguém. Nem mesmo a luz sobreviveria sem a escuridão.
Iguais aprendermos a respeitar
Iguais aprendemos que todos temos tarefas, necessidades.
Iguais nós compreendemos que somos todos diferentes, todos, não há nada, nem um único ponto de luz identico a outro.
Iguais nós compreendemos que todos sabemos falar, compartilhar, sorrir.
Iguais nós respeitamos - completamente - nossas mútuas dúvidas.
Iguais nós compreendemos que nenhum de nós sabe sobre a vida e podemos atingir o ponto onde realmente compreendemos que iguais sabemos mais que nada e poderemos concluir que o maior sábio é o aquele que sabe muito, não todos sabendo nada. Quem sabe nada, de passagem, sabe menos que quem sabe seu nome.
Uma célula, uma luz, um ser... uma maneira inteligente de começarmos a pensar sobre nossas origens. Porque origens? Para encontrarmos nossos destinos.
Não aprendemos da vida apenas para morrermos.
Precisamos aprender a voar.
Manteiga não voa.
Precisamos aprender a voar com borboletas, para entendermos a nós mesmos no caminho de virmos a nascer.

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