Vamos admitir, absurdamente, que uma sociedade existente num planeta distinto do nosso, tenha adquirido o hábito de dormir por 36 horas seguidas enquanto dorme apenas 12.
Essa sociedade tenderá a imaginar que o tempo que passam dormindo é igual ao tempo em que passam acordados, independente do número de vezes que o sol está brilhando ou não, pois jamais passarão menos que milênios entre o início da maçã e a volta da cobra sem que o homem compreenda que Deus, à imagem e semelhança de cada ser, tudo é e existente apenas e unicamente, o único para todos nós, Deus sou.
Não sabendo disso, não consigo nisso crer.
Minto para mim todos os dias quando acordo e digo ser esse o último dia da minha vida, e vivo-o assim há pelo menos 57 anos. Minto tanto que não consigo crer que sou mentiroso.
Sei que um dia essa minha profecia vai mesmo ocorrer.
Já marquei hora para a morte, 21 de dezembro de 2.012, às 20 horas, 20 minutos e 12 segundos.
Se não acontecer, ora... acontecerá depois, mas não creio que perdure milênios, embora suspeita que permanecerá eterna ... somada, à eternidade, como todo o resto, fora de mim o que me sobra?
Eu? Um corpo?
Ah.
Ilusão do Amor
ResponderExcluirna brisa do mar,
vejo minha vida passar;
e com ela um grande amor,
que se foi e nunca mais voltou;
uma mulher que passou e marcou;
uma mulher que um buraco abriu mais nunca mais cobriu.
com o raiar do sol,
vejo você voltar,
mais nada concreto;
apenas uma ilusão que não quero apagar.
sentimentos que passaram mais nao se apagaram,
sentimentos que hoje prevalecem na minha dor eterna.
sem voce minha vida perdeu o rumo,
perdeu aquele brilho que o seu sorriso reluzente igual ao sol trazia.
agora só me resta lamentar,
em meus últimos momentos de vida só irei lembrar daquele últimos beijos de amor e desejo, daquelas últimas caricias de malicia e delícia.
Adeus mundo cruel agora é a hora da minha morte; e sorte por deixa-lo aqui em meio de tanta discórdia e sofrimento, só lhe peço um favor que ela pague toda essa dor que me causou.
(Leonardo da Silva Sousa)
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O cruel da morte é que ela leva apenas os vivos.
ResponderExcluirÉ injusto com os demais, já que não podem morrer.