Eu não sou Deus. Afirmo. E nego.
O homem não é o Universo.
O Universo não é centrico.
Deus não existe.
São afirmações, e negativas, negações portanto. E são fáceis de serem ditas, e existem aos infinitos de possibilidades de se dizer que algo não é outro algo.
Evidentemente que num Universo onde nada se repete, nada será algo outro senão si próprio.
Afirmar que o homem é o Universo que ele vê, sente e vivencia, é o que é difícil.
Porque à uma afirmativa espera-se uma explicação.
A uma negação não, o homem não é o Universo, e não é o Universo porque o Universo não é o homem. Está explicado. Uma causa a explicação da outra e ao humano isso basta, pois como ninguém sabe o que é o homem e ninguém sabe o que é o Universo, mas todo mundo sabe que o Universo é muito maior que o homem e que o homem é muito menor que o Universo.
Então... dizer que um não é o outro é fácil.
Uma maçã não é uma laranja. Mas também não é uma mexerica nem uma folha de couve.
O que é uma maçã senão uma maçã? Não é um fruta, porque fruta também a mexerica é e não é um vegetal porque um vegetal também é a couve.
Fica filosófico demais colocando assim e o ser humano não suporta tanta filosofia ou falação. O ser humano é de natureza pacífica, calma, nasce pequeno, frágil e aprende por toda a vida que a fragilidade é a sua própria casca, a que chama de corpo. Basta faltar ar no ambiente e lá se vai o humano do ser. Eu penso assim: eu era nada e hoje sou um ser.
Do nada surgi, nasci, vivo e morrerei.
Morrerei, embora não queira e nem deseje, ao contrário, gostaria de me eternizar.
Aí penso assim: eu era Deus, pura luz, e quando encontrei um amor grande (vi-o nos olhos de minha mãe), então esperei o momento certo e uni o óvulo que seu corpo entregou ao espermatozóide primeiro que lá chegou e me fiz esse ser que sou.
Nada tenho contra meu pai, apenas quis desconsiderar também dele aquele espermatozóide, já que não me era exatamente uma escolha qual deles chegaria na frente (eu estava ocupado demais com a beleza do óvulo pronto para recebê-lo).
Nesse momento glorioso, compreendi que é divina a força a unir essas duas minúsculas células e delas construir o ser tão gigantesco que sou, e viverei eternamente.
Não nasci para morrer e isso é de uma obviedade tal que passo anos e séculos passarão e eu ainda não terei compreendido como é que o ser humano se crê o ser mais inteligente e evoluído da Criação e não percebeu que a vida jamais iria se inventar apenas para matar o ser que inventou.
Não tem cabimento uma coisa dessas para mim, a inexorabilidade da morte?
Qual o sentido da vida? Porque evoluiria se seu destino fosse a morte?
Muito mais fácil não nascer. Não se daria a tanto trabalho por nada, é o que penso.
Talvez você, uma pessoa outra, não compreenda isso, mas também pode escolher acreditar no ser pelo ser, no lugar do olho por olho, e reconhecer que pode ser ensinada. Não nascemos sabendo que a Terra é redonda e nem ao menos que é Planeta, e hoje sabemos disso. Aprendemos de alguém que sabia.
E se eu posso me compreender Deus, qualquer um pode. Ou seria eu incapaz de ensinar? Nâo há necessidade sequer da matéria para que o ser se torne um ser. Basta que se prove que o Big Bang existiu e pronto... a definição já também lhe cabe e o Big Bang, por mais que eu ache que seja ou deixe de ser, é um evento, não é sequer um corpo, nem tem forma ou momento. É suficiente, no que nos tange, a existência para se caracterizar o ser.
Sou um ser e um ser é Deus, o Universo como um todo e um fóton, ou um férmion, um átomo, ou qualquer partícula menor ou anti-material que venha a ser, mas que seja conhecida por um nome. Bastou o nome e já se caracteriza na mente humana a existência desse 'algo' e então literalmente esse 'algo' será também um ser. Ora. Matemática não permite um ser maçã ser igual a um ser elefante.
A vida não é a matemática, mas é evidente que o ser elefante é diferente do ser maçã.
O tema aqui, o assunto, é a inteligência. Eu sou inteligente e também inteligente você é. Não somos diferentes e não acredito que os nossos corpos trabalhem de modos tão distintos se partirmos da evidência de que praticamente 100% das ordens que minhas células obedecem são idênticas às que as tuas células obedecem. Já das que obedecem menos, como a do jacaré ou do cachorro, o produto final não tem o mesmo acabamento atraente como o nosso, que somos humanos. Cachorros, galhos, arbustos e jacarés não possuem a inteligência que nós possuimos.
E não foi por acaso que isso ocorreu. Porque afirmo isso? Porque há ordem no caos. Porque no Universo inteiro nada se repete e isso é uma ordem, uma imposição e não obra de algum acaso, que como sabemos, promove incontáveis vezes produtos repetidos. Isso é um saber experimental, não é uma afirmação leviana minha.
Temos todos uma só origem e a maior prova disso é que o DNA de uma bactéria tem no mínimo 20% de todas as instruções encontradas no DNA humano ou de qualquer outro ser vivo. Ora... seria o caos responsável por tamanha insistência, organização e diversidade? Se assim se admite necessário se faz que se diga que o caos é inteligente e mais que nós mesmos.
Todos viemos do mesmo e eu acredito que você não tenha dúvida alguma a respeito disso, a não ser que acredita em múltiplos universos, e aí por repetição nos outros do que se passa aqui eu estaria opostamente equivocado... tudo se repete e infinitas vezes, mas ainda assim todos esses Universos teriam vindo de um inicial, e esse seria o comum a todos e a tudo.
O que diferencia a escuridão da luz é o ligar da luz, o acender da lâmpada, digamos assim e não nos é difícil compreender que a luz, uma vez acesa, nunca mais se apagou embora essa que nos mantém vivos dentro de nós siga se apagando. Isso admito que não é algo fácil de ser compreendido, mas, sem ser dito, será ainda mais difícil.
A única certeza que temos sobre o princípio é que antes de haver luz, havia escuridão. E isso pode-se afirmar sem que se saiba ou se meça porque basta-nos imaginar o que haverá após o final do Universo e já compreenderemos que lá quem reina é a escuridão. Total e plena, pois então que existe. E... em existindo, deve ser considerada em nossos cálculos científicos a respeito do resto.
Daí, só posso concluir dizendo que o que se afirma sobre a morte é um erro. A morte é uma doença e a cura dela passa pela descoberta de nossa origem comum. Assim, sabendo o que somos, o que é o ser, poderemos sim dizer que somos esse ser, o ser Universo, o ser eterno e o ser tão poderoso.
Então, para que não fique o dito pelo não dito, digo logo:
O Universo que eu conheço, sinto e modifico, é meu, porque o ser que eu era no momento em que uni um espermatozóide a um óvulo ainda sou e todo ele eu construí. Célula por célula.
Tudo bem que não é só meu, porque todos os que nele vivem, meus irmãos, fizeram cada um a sua parte e maior que a minha nem menor ela é. Somos iguais e donos do Universo.
Se todos pensarmos assim... teremos encontrado o Paraíso há tanto tempo buscado. Perdido, na verdade, se formos considerar que já existiu e foi habitado por quem o conhecia, tanto que dele se fala até hoje.
Bom, fico feliz de compartilhar pensamentos assim.
Que faça bom proveito, é o que espero.
Eu sou Deus e como eu também Deus é você.
Acredite, se puder. Ou negue, se quiser.
Afinal... somos todos iguais e somos todos diferentes. Não é mesmo?
E ... algo mais temos em comum: somos livres para crermos no que quisermos.
Mas não se esqueça que somos inteligentes para compreendermos o que pudermos.
O ser é luz. E luz... sem energia não acende. A energia se chama fé. Quem tem fé na morte como inexorável morre. Quem tem fé na vida como eterna, foi crucificado. Sabemos disso também.
E... como toda energia... além de se mover para alta e para baixa, é controlável. Pela mente. Do ser. De cada ser. Eu sou um ser. E afirmo. Não me negue. Ou, se o fizer, por favor explique-me
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